"Lá está ele. O cavalo Friesian. Fiél. Forte. Inteligente.olhar elevado. Como se ele estivesse ciente dos séculos que seus antepassados ​​passaram. Como se ele estivesse consciente do lugar que ele ocupa em muitos corações."
(KFPS)

quinta-feira, 21 de março de 2013

Adestramento/ Dressage

As modalidades equestres buscam uma relação equilibrada entre cavalo e cavaleiro. O adestramento constitui o ápice desta sintonia unido, é claro, a muita classe.

No Adestramento, o objetivo do cavaleiro é exercer, da forma mais suave possível, os comandos ao cavalo, que deve obedecer imediatamente. Os movimentos que o cavalo deve executar são determinados por uma lista pré-determinada que recebe o nome de reprise. Cada reprise é composta por uma série de figuras que devem ser repetidas em ordem e tempo exatos. Atualmente existem cerca de vinte reprises reconhecidas pela FEI e seu grau de dificuldade varia conforme as figuras exigidas. Passo livre, mudança de galope simples, galope alongado e pirueta são exemplos de figuras.
Antes de entrar na pista de competição, o animal é aquecido na distensão e se prepara fisicamente, aquecendo sua musculatura, e também psicologicamente, se concentrando no ginete. Durante a prova, o cavaleiro precisa estar muito concentrado. Qualquer distração pode colocar em risco o bom entrosamento do conjunto.
A apresentação é julgada por até cinco juízes que analisam a andadura, a impulsão, a submissão do animal e a postura do cavaleiro. As notas variam entre zero e dez e o resultado final é a média das avaliações. Os juízes de Adestramento recebem um treinamento especial e têm seu nível de responsabilidade segundo o número de horas de experiência.
Três motivos levam à eliminação do concorrente. Caso o cavalo salte sobre a delimitação da pista, tenha uma defesa superior a 20 segundos, ou, dependendo do nível da competição, se alguém “soprar” a reprise que deve ser exercida, o conjunto é imediatamente desclassificado.
O Adestramento se divide em séries – Elementar, Preliminar, Média I, Média II, Forte e GP Internacional –- conforme o grau de dificuldade das reprises.

O adestramento (dressage) é uma modalidade equestre regulamentada pela FEI (Federação Equestre Mundial) e que vem sendo disputada em Olimpíadas desde 1929.
Até a década de 40, era praticado no Brasil por poucos atletas, sendo estes, em sua maioria, oficiais do exército. Hoje o país conta com um panorama bem diferente: a maior parte dos adeptos pertence à sociedade civil, o esporte se desenvolveu e ultrapassou fronteiras. Em 2008, o Brasil enviou pela primeira vez uma equipe para os Jogos Olímpicos e este ano, também pela primeira vez, estará presente com uma equipe nos Jogos Equestres Mundiais (WEG), maior evento do esporte equestre em todo o mundo. Cavaleiros como Luiza Tavares de Almeida, Renata Costa Rabello e Rogério Clementino têm levado a bandeira verde-amarela a concursos de nível internacional e revelado o potencial brasileiro, como a conquista da medalha de bronze nos Jogos Panamericandos do Rio de Janeiro, em 2007.
A modalidade é praticada principalmente nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul, respectivamente. Anualmente, são realizados eventos de nível regional, nacional e internacional.

O cavalo deve ser forte e submetido a treinamento intenso, porque além de precisar de muita força para exercer as figuras, ele não deve demonstrar esforço na execução dos movimentos, necessitando assim de força redobrada. Os cavalos começam a ser treinados com 4 anos de idade e podem chegar aos 16 anos competindo em grandes concursos. É entre os 8 e 12 anos que o animal encontra-se no auge de sua carreira, com musculatura e caráter desenvolvidos.
As raças mais usadas no Adestramento são de origem alemã e holandesa, países estes com tradição no esporte. Dentre elas estão: Hanoveriano, Holsteiner, Oldenburg, Trakehner, entre outras.

No adestramento, o equilíbrio emocional é essencial. Características como persistência e dedicação são imprescindíveis para alcançar a perfeição dos movimentos. Além disso, é necessário ter paciência e humildade, já que o cavaleiro é constantemente submetido a avaliação, tanto dos juízes quanto de seu instrutor.
O uso do chicote é proibido em todos os tipos de prova. As esporas são permitidas, mas devem ser no estilo clássico, podem ser de roseta; contudo não podem ser bloqueadas.
O uniforme, composto por culote branco, casaca escura, cartola, luvas e botas pretas, faz com que o cavaleiro se pareça com um “pinguim”, e por esse motivo é apelidado assim. O cabelo deve ser curto ou preso em um coque. Nos níveis mais altos de competição, a casaca pode ser substituída por fraque.





Nenhum comentário:

Postar um comentário